Os filmes da mostra

Sessão Mundo Árabe

Os 20 filmes a seguir representam a diversidade de produções árabes nos últimos dois anos. A seleção foi feita com a colaboração de parceiros como a Casa Árabe de Espanha e de diversos festivais de cinema árabe. A sessão inclui documentários – inclusive o premiado Cinco Câmeras Quebradas, indicado ao Oscar -, thrillers, dramas e musicais. Classificação Indicativa: 12 anos
Clique na barra do título do filme para ver a sinopse

Título original: El Taaib
Argélia e França | 2012 | 87 min. | Colorido| Digital
Gênero: Ficção
Direção e roteiro: Merzak Allouache
Elenco: Nabil Asli, Adila Bendimerad, Khaled Benaissa
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Quando o governo da Argélia oferece anistia aos rebeldes que depusessem as armas na guerra civil do país, Rashid, um lutador jihadista, deixa seu esconderijo nas montanhas e retorna para casa. Ele se reintegra à sociedade, mas, quando um conhecido farmacêutico pede para Rashid revelar segredos familiares, sua vida toma um rumo inesquecível e emocionante. O filme estreou em 2012 na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e, no mesmo ano, venceu o Prêmio Fipresci (Fédération Internationale de la Presse Cinématographique) no 17º Festival de Cinema de Kerala (Índia). Inédito no Brasil.

Participação especial na Mostra: Nabil Asli


Sobre o diretor

Merzak Allouache nasceu em Algiers, Argélia, em 1944, e estudou cinema em seu país de origem, finalizando os estudos no Institut des Hautes Études Cinématographiques (Idhec) em Paris. Estreou na direção de longas-metragens em 1976, com o filme Omar Gatlato, um marco do nascimento do Novo Cinema da Argélia. Seu filme Normal!(2011), também presente na mostra, ganhou o prêmio de Melhor Filme no Festival de Doha 2011.
Título original: Asham
Egito | 2012 | 87 min. | Colorido | Digital
Gênero: ficção
Direção e roteiro: Maggie Morgan
Elenco: Mohamed Khan, Shady Habashy, Mina el Naggar, Amina Khalil
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Na gigantesca Cairo, histórias de pessoas diferentes – um entregador de panfletos, uma auxiliar de limpeza, um médico, um contador – se cruzam sempre com o mote da esperança (asham, em árabe). Asham é também o nome de um personagem, um jovem ambicioso. vários atores egípcios famosos participam da trama, que foi exibida durante o Doha Tribeca Film Festival de 2012 e participou também do Oriental Film Festival de Genebra (Suíça) também em 2012. Inédito no Brasil.

Sobre a diretora

Nascida em Alexandria, a egípcia Maggie Morgan dá aulas de cinema na American University do Cairo. Dirigiu vários documentários, entre eles Egypt in the Eyes of Mair.
Título original: Zoll Rage
Egito | 2011 | 64 min. | Colorido | Digital
Gênero: documentário
Direção: Hanan Abdalla
Elenco: Wafaa, Badreya, Suzanne, Shahinda
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Após a revolução que tomou o Egito em 2011 e resultou na queda do ditador Hosni Mubarak, quatro mulheres (a idosa divorciada Wafaa, a dona de casa e mãe Badreya, a dona de loja Suzanne e a ativista viúva Shahinda) debatem sobre família, casamento, divórcio e violência doméstica com bom humor e integridade. A diferenciação no tratamento dos gêneros, presente no país devido a costumes antigos, é um tema recorrente. O documentário foi exibido no Festival de Berlim de 2012 e ganhou o prêmio de melhor direção em documentário no Festival de Doha em 2012. Inédito no Brasil.

Participação especial na Mostra: Hanan Abdalla


Sobre a diretora

A inglesa Hanan Abdallah nasceu em 1988 em uma família de ativistas egípcios exilados em Londres. Formou-se na Universidade de Oxford em política e filosofia, especializando-se posteriormente em cinema. A cineasta mudou-se para o Cairo em 2011 com a intenção de documentar a revolução.
Título original: Checkpoint Rock: canciones desde Palestina
Espanha | 2009 | 72 min. | Colorido| Digital
Gênero: documentário
Direção: Fermim Muguruza e Javier Corcuera
Elenco: Marcel Khalife, DAM, Khalas, Amal Murkus, Safaa Arapiyat, Walla’at, Habib al-Deek, Muthana Sha’ban, Shadi Alassi, Sabreen, Ayman PR, Le Trio
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O documentário faz uma viagem diferente à Palestina: aqui, quem guia são seus mais conhecidos e inspiradores músicos. Há música tradicional, com Habib Al-Deek, rap (DAM) e soul (Amal Murkus), entre outros gêneros, mostrando a riqueza e a diversidade da cena musical local. A viagem começa com imagens de Marcel Khalife recitando poesia no funeral do poeta Mahmoud Darwish. Inédito no Brasil.

Sobre os diretores

Natural do País Basco, na Espanha, Fermin Muguruza (à direita na foto) nasceu em 1973 e é, além de cineasta, cantor, compositor, produtor e cofundador da banda de ska punk Kortatu e do grupo Negu Gorriak. Seu trabalho no cinema inclui a direção de outros documentários musicais.
Javier Corcuera, peruano radicado na Espanha, dirige documentários sobre música e é um dos organizadores do Festival de Cinema do Saara.
Título original: 5 Broken Cameras
Palestina, Israel e França | 2011 | 94 min. | Colorido | Digital
Gênero: documentário
Direção: Emad Burnat e Guy Davidi
Elenco: Emad Burnat, Soraya Burnat, Mohammed Burnat
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Em 2005, uma pequena cidade na Cisjordânia foi dividida por um muro construído pelo governo israelense. Prestes a ter o quarto filho, o agricultor Emad compra uma câmera para guardar lembranças da família e também para registrar o impacto da chegada de 150 mil judeus israelenses. O filme, indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2013, mostra cinco anos dessa batalha. Recebeu o prêmio de Melhor Direção em Documentário no Festival de Sundance 2012 e de Melhor Documentário Israelense no Festival de Jerusalém 2012.

Participação especial na Mostra: Emad Burnat e Jibreel Burnat


Sobre os diretores

Emad Burnat é um agricultor palestino e cineasta. Ele é o primeiro palestino nomeado ao Oscar na categoria Melhor Documentário.
Guy Davidi nasceu em Jaffa, Israel, no ano de 1978. Aos vinte anos começou a estudar cinema na Universidade de Israel, mas finalizou os estudos em Paris. Em 2002, de volta a Israel, começou a trabalhar como cinegrafista e posteriormente como diretor. Fez vários documentários retratando a questão palestina.
Título original: 52/25
Egito | 2013 | 47 min. | Colorido| Digital
Gênero: Documentário
Direção: Ahmed Medhat
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: O número faz referência às revoluções de julho de 1952 e 25 de janeiro de 2011, que, no filme, são comparadas aqui e mostram muito mais semelhanças do que se supõe. O documentário também faz radiografias da Irmandade Muçulmana e do Conselho Militar egípcio e suas atuações depois das revoluções. Inédito no Brasil.

Sobre o diretor

Ahmed Medhat nasceu em Alexandria, Egito, em 1969, e iniciou a a carreira dirigindo videoclipes para cantores do seu país. Dirigiu mais de 15 documentários para as redes de televisão Al-Jazeera e Al-Arabiya, entre outras.
Título original: The Color of Olives
México e Palestina | 2006 | 97 min| Digital
Gênero: documentário
Direção: Carolina Rivas
Elenco: Hani Amer, Monira Amer
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: A família Amer vive enclausurada pelo muro de Israel construído para cercar os Territórios Palestinos Ocupados da Cisjordânia. Seu cotidiano é completamente dominado por cercas elétricas, portões fechados e um exército armado. Mesmo assim, a família de oito pessoas vive de maneira resignada e pacífica sem deixar sua casa, pois entende que essa é uma forma de resistência. Trata-se de um documentário intimista, que compartilha a vida privada dessa família, permitindo um olhar para o interior do sofrimento constante produzido pelo muro e levando a uma reflexão sobre segregação, fronteiras e ocupação. vencedor do Big Sky Documentary Film Festival, nos Estados Unidos.

Sobre a diretora

A mexicana Carolina Rivas , nascida em 1974, estreou com o premiado curta-metragem de ficção Zona Zero e dirigiu outros dois documentários. Recebeu prêmios em festivais de diferentes partes do mundo por sua abordagem delicada de temas difíceis.
Título original: Baad el Mawkeaa
Egito e França | 2012 | 122 min. | Colorido | Digital
Gênero: ficção
Direção: Yousry Nasrallah
Roteiro: Yousry Nasrallah e Omar Shama
Elenco: Menna Shalabi, Bassem Samra, Nahed El Sebai
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Membro dos grupos armados forçados pelo governo egípcio a atacar os manifestantes da Praça Tahir, em 2012, Mahmoud vê-se isolado com a vitória rebelde. Sem emprego e condenado ao ostracismo por sua própria comunidade, que vive perto das pirâmides, ele está perto do desespero quando conhece Reem, uma jovem publicitária divorciada que vive em um bairro rico do Cairo e muda sua história. Em 2012, o filme fez parte da mostra competitiva do 65º Festival de Cannes.

Sobre o diretor

Ativista em seu país e em outros – foi até preso por defender um diretor iraniano – o egípcio Yousry Nasrallah nasceu em 1952 no Cairo. Depois de estudar economia e ciência política, passou a viver no Líbano, onde se tornou jornalista. Em 1987, dirigiu seu primeiro longa-metragem, Summer Thefts, considerado um dos filmes mais importantes para o renascimento do cinema egípcio.
Título original: Tufan fi Balad el-Ba'th
Síria e França | 2003 | 46 min. | Colorido| Digital
Gênero: documentário
Direção: Omar Amiralay
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Em 1970, Omar Amiralay fez um pequeno documentário sobre o impressionante sistema de barragens construído no Rio Eufrates, ao norte de Damasco, exaltando a modernidade da Síria naquele momento. Trinta e cinco anos depois, ele volta ao local e mostra a dura realidade do sonho perdido: a barragem entrou em colapso, assim como as mentiras repetidas pela propaganda do partido socialista Baath. Na aldeia de Al-Machi, o cineasta apresenta o olhar de um país desiludido.

Sobre o diretor

Omar Amiralay foi um cineasta sírio e ativista social, nascido em 1944 e falecido na capital Damasco em 2011, ainda no início dos conflitos naquele país. Na juventude, estudou na França. De volta à Síria em 1970, fez seu primeiro filme, o documentário citado em Enchente no País de Baath. Fez mais de 15 filmes e foi um dos 99 intelectuais a assinar em 2000 a petição Declaration of the 99 contra o estado de sítio em vigor no país desde 1963.
Título original: Forget Baghdad
Suíça | 2002 | 111 min. | Digital | Colorido e preto e branco
Gênero: documentário
Direção: Samir
Elenco: Shimon Ballas, Moussa Houri, Sami Michel, Samir Naqqash
Idioma: árabe, hebraico e inglês com legendas em português


Sinopse: Quatro judeus iraquianos, militantes do velho partido comunista do Iraque, hoje na casa dos 70 anos, relembram sua juventude de militância e a mudança forçada que fizeram para Israel nos anos 50, onde sua cultura se choca com a dos judeus asquenazes. Por se identificarem como árabes, são até hoje discriminados. Todavia, mesmo se sentindo iraquianos, não podem voltar a esse país árabe devido ao movimento nacionalista. Em 2002, foi vencedor do prêmio Semana da Crítica no 55º Festival de Locarno e também foi exibido no Festival Internacional de Documentários em Amsterdã.

Sobre o diretor

Nascido em 1955 em Bagdá, de um pai muçulmano xiita (e comunista), Samir Jamal Aldin, que hoje assina apenas Samir, foi ainda criança para Zurique, na Suíça, onde estudou e desenvolveu sua carreira de cineasta. É autor e produtor de documentários e filmes para a televisão suíça.
Título original: Fidaï
França, Argélia, Kuwait, Qatar, China, Alemanha 2012 | 83 min. | Colorido | Digital
Gênero: documentário
Direção: Damien Ounouri
Elenco: El Hadi
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Em árabe “fidaï” significa aquele que dedica sua vida a uma causa. O fidaï El Hadi, tio-avô do diretor Damien Ounouri, conta como foi ser um combatente da Frente Nacional de Libertação da Argélia nos anos 50. Ele relata alguns de seus próprios atos de resistência armada durante a guerra contra a França, trazendo uma dimensão humana dos eventos que contribuíram para a emancipação da Argélia. Foi eleitor o Melhor Documentário no Latin Arab International Film Festival 2012, em Buenos Aires. Inédito no Brasil.

Sobre o diretor

Nascido em Clermont-Ferrand, França, Damien Ounouri é formado pela Sorbonne em Linguagem Cinematográfica. Dirigiu diversos curtas-metragens e o documentário Xiao Jia Going Home (2008), sobre o diretor chinês Jia Zhang-ke, exibido em vários festivais.
Título original: Habibi Rasak Kharban
Emirados Árabes Unidos, EUA, Países Baixos e Palestina | 2011 | 85 min. | Colorido | Digital
Gênero: ficção
Direção e roteiro: Susan Youssef
Elenco: Maisa Abd Elhadi, Kais Nashif, Yosef Abu Wardeh, Amer Khalil
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Forçados a deixar a Cisjordânia para retornar a uma Gaza conservadora e tradicional, os estudantes Layla e Qais têm que lidar com a reprovação de suas famílias a respeito do romance deles. Para conseguir se comunicar com Layla, Qais grafita poesia por toda a cidade, desencadeando uma avalanche de consequências. O filme é uma modernização da parábola sufi Majnun Layla. Vencedor do Muhr Árabe de melhor filme, atriz (Maisa Abd Elhadi) e edição no Festival Internacional de Cinema de Dubai de 2011. Susan Youssef recebeu o prêmio de melhor direção concedido pela Fédération Internationale de la Presse Cinématographique (Fipresci) no Festival Internacional de Ljubljana (Eslovênia).

Sobre a diretora

Número 25 entre as 100 mulheres árabes mais poderosas do mundo, de acordo com a revista Arab Business, Susan Youssef nasceu em Nova York, Estados Unidos, em uma família sírio-libanesa. Formou-se em cinema na Universidade do Texas. Seus cinco curta-metragens foram exibidos em locais como o Sundance Film Festival e o Museu de Arte Moderna de Nova York. Habibi foi o primeiro longa-metragem dirigido, produzido e escrito por Susan.
Título original: Death For Sale
Marrocos | 2011 | 117 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Faouzi Bensaïdi
Elenco: Fehd Benchemsi, Fouad Labiad, Mouchcine Malzi, Iman Mechrafi
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Três jovens delinquentes de Tetouan, no norte do Marrocos, decidem roubar uma joalheria para tentar sair da pobreza. Um deles namora um prostituta; outro, trafica drogas; o terceiro encontra no fundamentalismo sua ligação com o crime. Os planos de roubo, no entanto, dão errado. O filme foi o indicado do Marrocos para concorrer ao Oscar em 2011 e estreou no Toronto International Film Festival daquele ano.

Sobre o diretor

Nascido em Meknes, no Marrocos, em 1967, Faouzi Bensaïdi é ator (faz o Inspetor Dabbaz no filme) e roteirista, além de diretor. Em 2003, seu filme A Thousand Months foi exibido na mostra A Certain Regard, no Festival de Cannes.
Título original: Normal!
Argélia | 2011 | 111 min. | Colorido | Digital
Gênero: ficção
Direção e roteiro: Merzak Allouache
Elenco: Nabil Asli, Adila Bendimerad, Mina Lachter, Nouah Matlouti, Nadjib Oulebsir
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Após os motins de dezembro e as primeiras marchas do início da Primavera Árabe na Tunísia e no Egito, o cineasta Fouzi traz seus atores para mostrar-lhes o corte inacabado do filme que havia feito dois anos antes sobre a desilusão de jovens que procuram expressar suas ideias artísticas. Ele busca um novo ponto de vista para reiniciar o filme quando vê que está em meio a uma onda de protestos. vencedor como Melhor filme no Doha Tribeca Film Festival de 2011.

Participação especial na Mostra: Nabil Asli


Sobre o diretor

Merzak Allouache nasceu em Algiers, Argélia, em 1944, e estudou cinema em seu próprio país de origem, finalizando os estudos no Institut des Hautes Études Cinématographiques (IDHEC) em Paris. Estreou na direção de longas-metragens em 1976, com o filme Omar Gatlato, um marco do nascimento do Novo Cinema da Argélia. Seu filme O Arrependido (2012) também faz parte desta mostra.
Título original: We will live to see these things
Síria | 2007 | 47 min. | Colorido | Digital
Gênero: documentário
Direção: Julia Meltzer e David Thorne
Idioma: árabe e armênio, legendas em português

Sinopse: O documentário aborda a rotina de um edifício residencial situado no centro da capital da Síria, Damasco, explorando diferentes perspectivas sobre o que pode se passar num lugar onde as pessoas vivem sob a força de um regime local ditatorial, da crescente presença do Islã conservador e da pressão exercida pela política internacional norte-americana. vencedor dos prêmios Best New International video no Images Festival em Toronto de 2007 e Dialogue Award no European Media Arts Festival em Osnabrück, Alemanha, 2008.

Sobre os diretores

Os artistas norte-americanos Julia Meltzer e David Thorne vivem em Los Angeles e são especializados em artes performáticas, fotografia e vídeos. Na metade dos anos 90, viveram um período na Síria, onde fizeram dois filmes de média metragem – o outro é o experimental Not a matter of if but when (2006), com o artista sírio Rami Farah.
Título original: Pégase
França, Marrocos | 2009 | 104 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Mohamed Mouftakir
Elenco: Anas El Baz, Majdouline Idrissi
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Zineb trabalha em um hospital psiquiátrico e tem de cuidar de Rihana, uma jovem menina aterrorizada que pensa estar grávida. Zineb tem a missão de fazê-la falar. Rihana não coopera, acreditando estar grávida de Zayd, um jovem homem de sua cidade, e que esse fato é fruto da obra do Senhor Cheval, um espírito venerado por seu pai. Zineb não sabe se a menina mente, diz a verdade ou refugia-se em um mundo imaginário e fantástico. Ela aos poucos perde o controle da situação e a história ganha outros rumos. Ganhou o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Dubai 2010.

Sobre o diretor

Nascido em 1965 em Casablanca, Marrocos, Mohamed Mouftakir dirigiu filmes para a televisão e escreveu roteiros até ingressar no cinema. Antes de Pégaso, dirigiu dois premiados curtas-metragem, La Danse du Foetus e Fin du Moins.
Título original: Lebanon: Next Music Station - Beirut Beats
Espanha, Líbano e Qatar | 2011 | 104 min. | Colorido | Digital
Gênero: documentário
Direção: Fermín Muguruza
Idioma: árabe com legendas em português
Sinopse: O espanhol Muguruza, também diretor de Checkpoint Rock: Canções da Palestina, também presente na mostra, fez uma série de programas sobre a música em nove países árabes para a rede de televisão Al-Jazeera. No Líbano, encontrou rock, indie rock, rap, folk, música tradicional, experimental e eletrônica, num dos panoramas mais diversos de toda a região.

Sobre o diretor

Natural do País Basco, na Espanha, Fermín Muguruza (à direita na foto) nasceu em 1973 e é, além de cineasta, cantor, compositor, produtor e cofundador da banda de ska punk Kortatu e do grupo Negu Gorriak. Seu trabalho no cinema inclui a direção de outros documentários musicais, como Checkpoint Rock: Canções da Palestina, também presente na mostra.
Título original: The Lebanese Rocket Society
França, Líbano, Emirados Árabes Unidos, Qatar | 2012 | 93 min. | Colorido | Digital
Gênero: documentário
Direção: Joana Hadjithomas e Khalil Joreige
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: No início dos anos 60, durante a Guerra Fria e no auge do Pan-Arabismo, um grupo de estudantes e pesquisadores criou no Líbano o projeto The Lebanese Rocket Society com o intuito de lançar foguetes e satélites no espaço. O documentário revisita os remanescentes dessa sociedade e dessa época. Ganhou o prêmio de Melhor Documentário no Doha Tribeca Film Festival 2012. Inédito no Brasil.

Sobre os diretores

O casal Joana Hadjithomas e Khalil Joreige trabalha junto na direção, na criação de projetos de videoarte e no curso de roteiro e cinema experimental que ministra no Líbano há 15 anos. Seus filmes têm sido selecionados e premiados em diversos festivais de cinema e já fizeram parte da programação da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Título original: Shi Ghadi ou Shi Jay
Marrocos | 2011 | 102 min. | Colorido | Digital
Gênero: ficção
Direção e roteiro: Hakim Belabbes
Elenco: Mohamed Benbrahim, Houda Sedki
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Em uma pequena aldeia do Marrocos, um jovem pai de família planeja cruzar a fronteira ilegalmente para a Espanha, deixando a esposa e os dois filhos pequenos. Ele promete telefonar para a esposa três dias depois da sua partida, confirmando a chegada ao destino. No entanto, a ligação nunca ocorre. Em 2011, o filme foi premiado com o Muhr Árabe de melhor fotografia e melhor roteiro no Festival Internacional de Cinema de Dubai. Inédito no Brasil.

Sobre o diretor

Hakim Belabbes nasceu na cidade marroquina de Boujad, onde seu pai era dono do único cinema. É pós-graduado em cinema e vídeo pelo Columbia College de Chicago (EUA), onde atualmente ministra aulas de direção e produção, e atua como chefe do departamento de audiovisual da Fundação Hassan II, em Rabat.
Título original: Le Voyage à Alger
Argélia, França | 2009 | 97 min. | Digital
Gênero: ficção
Direção: Abdelkrim Bahloul
Elenco: Samia Meziane, Benyamina Bahloul, Ghazeli Khedda
Idioma: árabe com legendas em português

Sinopse: Após o fim da guerra pela independência da Argélia, uma viúva, mãe de seis crianças, luta para manter sua casa na cidade de Saïda, que um burocrata do governo não vê como sua. Ela decide então ir para a capital do país, levando seus filhos, para pedir ajuda ao presidente da república. O filme é baseado em uma história real. Premiado no Festival Panafricain du Cinéma et de la Télévision de Ouagadougou (Fespaco) de 2011, nas Jornadas Cinematográficas de Cartago de 2011 e no veus d’Afrique de Montreal de 2011.

Sobre o diretor

Nascido em 1950 na Argélia então ocupada pela França, Abdelkrim Bahloul é natural de Saïda, a mesma cidade do filme. Também comediante e roteirista, é ator conhecido de filmes feitos para a televisão francesa e dirigiu outros cinco filmes.


Sessão Diálogos Árabe-Latinos

Nessa mostra, são apresentadas produções brasileiras e latino-americanas com temática relacionada à imigração árabe, aos países árabes e sua relação com o Brasil e outros países latinos, possibilitando a identificação de paralelos entre a cultura árabe e a sociedade brasileira e latina. A sessão é feita em parceria com o Cine Fértil e com o Latin Arab International Film Festival (Laiff - Buenos Aires). Classificação Indicativa: 12 anos

Participação especial na Mostra: Edgardo Bechara, produtor


Título original: Los Caminos del Mascate
Espanha | 2012 | 52 min| Digital
Gênero: documentário
Direção: José Luis Mejias
Idioma: espanhol com legendas em português

Sinopse: O diretor espanhol resolveu investigar a história da imigração árabe no Brasil, que começou no século 19. Herdeiros de uma cultura comercial, os árabes chegaram ao país embarcando na profissão de mascate e levando seus produtos onde os transportes da época não conseguiam chegar. O filme mostra sagas de imigrantes e traz depoimentos de descendentes como o escritor Milton Hatoum, os professores universitários e pesquisadores Soraya Smaili e Michel Sleiman e o músico Sami Bordokan, entre outros. Inédito no Brasil.

Sobre o diretor

Morador de Madri, José Luis Mejias é fotógrafo e gosta de pesquisar povos e costumes de outros países, além da Espanha. O documentário, para o qual passou um mês no Brasil, foi seu primeiro filme.
Título original: 1001 Noches Patagónicas
Argentina | 2011 | 104 min. | Colorido | Digital
Gênero: documentário
Direção: Javier López Actis
Idioma: espanhol com legendas em português

Sinopse: Ao estilo de narrativa do clássico As Mil e Uma Noites, a história se passa na Patagônia argentina, então em plena crise de 2001, onde se cruzam os destinos de um cacique, um professor de esperanto, um enigmático São Francisco de Assis, as heranças de uma comunidade árabe, uma história de amor e Puyehue,o vulcão em erupção. Inédito no Brasil.

Sobre o diretor

Autor, roteirista e produtor, o argentino Javier López Actis, natural de Rio Negro, passou um ano viajando pela imensidão da Patagônia para coletar as histórias de seu filme, o primeiro de uma planejada série de quatro documentários.
Título original: A Última Estação
Brasil/Líbano | 2012 | 115 min. | Colorido | 35 mm
Gênero: ficção
Direção: Márcio Curi
Elenco: Mounir Maasri, Elisa Lucinda, Clara Lobato
Idioma: português

Sinopse: Em 1950, Tarik deixa o Líbano e vem ao Brasil ainda jovem, na companhia do irmão mais novo. No Porto de Santos, faz amizade com Ali, mas uma confusão acaba separando os dois e gerando culpa em Tarik. Cinquenta e um anos depois, o viúvo Tarik resolve descobrir onde estão os outros jovens de origem árabe que emigraram junto com ele naquela ocasião, sobretudo Ali, e leva a filha Samia para essa viagem. O filme estreou no 45º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro, no ano passado. Inédito no circuito comercial.

Participação especial na Mostra: Márcio Curi e Di Moretti


Sobre o diretor

De origem libanesa, Márcio Curi trabalha com cinema desde a década de 60. Produziu e roteirizou documentários e longas de ficção e, como produtor, ganhou prêmios no Festival de Gramado com Filhas do Vento (2004). A Última Estação é seu primeiro trabalho de direção em ficção.